Atuação dos policiais busca desarticular um suposto esquema de fraudes em licitação que teriam desviados recursos para o combate à Covid-19.
Policiais federais e equipes da CGU participam da operação em Pedreiras — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Por g1 MA —
São Luís
A Polícia Federal, com a participação da Controladoria-Geral
da União, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17), uma operação para
desarticular um suposto grupo criminoso que realizava a venda fictícia e
superfaturada de produtos e insumos destinados ao combate à pandemia da
Covid-19 em Pedreiras, a 281 km de São Luís.
A investigação teve início a partir de informações produzidas
pela Central de Operações Estaduais da Secretaria-Adjunta da Fazenda do
Maranhão que apontavam para suposta simulação e superfaturamento na venda de
aventais, máscaras, ventilador eletrônico e litros de álcool em gel.
Posteriormente, a Controladoria-Geral da União reforçou os
indícios anteriores e trouxe novos elementos de fraudes processos de dispensa
de licitação realizados pela Prefeitura de Pedreiras. Por meio de informações
financeiras suspeitas em extratos bancários, a Polícia Federal também confirmou
movimentações atípicas de quatro empresas que teriam gerado prejuízos de R$ 706.678,34
aos cofres públicos.
Como funcionava o
esquema
Segundo a Polícia Federal, o grupo criminoso combinava a
montagem de diversos processos de dispensa de licitação, par justificar a
contratação de empresas específicas, beneficiando empresários e servidores
públicos.
A operação foi batizada de 'Arrivismo' e os policiais
cumpriram 20 mandados de busca e apreensão e outras medidas diversas da prisão
decretadas para 17 alvos da operação em São Luís, Pedreiras, Bacabal, Timon e
Teresina, no Piauí.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão
responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, sonegação fiscal,
lavagem de capitais e associação criminosa, com penas que podem chegar a 34
anos de prisão.
Por profº. Gilvan Alves
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