Foto: Caminhada com Flávio Dino em São Pedro da Água Branca |
Flávio Dino é reeleito no Maranhão e
derrota os Sarney
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi reeleito
neste domingo (7/10) e garantiu o comando do estado até 2022.
A permanência de Dino à frente do governo maranhense é mais
um revés para o grupo político liderado pelo ex-presidente e ex-governador José
Sarney. Roseana, filha do cacique emedebista e também ex-governadora
maranhense, ficou em segundo lugar.
Com o resultado, Dino manteve-se como o único integrante do
PCdoB a governar um estado do país. Seu vice será Carlos Brandão (PRB). A
coligação vencedora é formada por PDT, PPS, DEM, PSB, PR, PP, Pros, PT, PTB,
Patriota, PTC, Solidariedade, PPL, Aavante, além de PCdoB e PRB.
Nascido em São Luís, é formado em Direito pela Universidade
Federal do Maranhão (UFMA), onde iniciou sua vida política como líder
estudantil. Foi juiz federal de 2001 a 2006, quando ingressou no PCdoB. Também
foi presidente da Embratur.
Sarneys saem derrotados nas eleições 2018
SÃO LUÍS, MA - A eleição de 2018 no Maranhão
foi um duro golpe à família Sarney. Além da derrota de Roseana (MDB) na disputa
para o governo, Sarney Filho (PV), que por nove mandatos tem cadeira em
Brasília como deputado federal, não foi eleito senador os
dois são filhos do ex-presidente José Sarney. Pela primeira vez em quase 50 anos o sobrenome Sarney
não estará representado no Congresso Nacional. Flávio Dino (PC do B) foi
reeleito governador do Maranhão em primeiro turno, mas levou também à vitória
seus dois candidatos ao Senado, os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e
Eliziane Gama (PPS). Eles bateram não só Sarney Filho, mas também outro
tradicional político do Estado, Edison Lobão (MDB), ex-governador e ex-ministro
e que estava no Senado Federal desde 1995. Ele foi apoiado por Roseana Sarney.O
patriarca José Sarney, talvez pressentindo problemas, mudou no início do ano
seu domicílio eleitoral para o Maranhão para tentar ajudar nas articulações
políticas desde o início dos anos 1990 ele votava e se elegia senador pelo Amapá, mas não se aposentou em 2014. Sarney
esteve como deputado federal nos anos 1950 e 1960, mas se consolidou
definitivamente ao Congresso em 1971, quando se elegeu Senador pelo Maranhão
depois de um mandato como Governador do Maranhão. Desde então, sempre teve
alguém com sobrenome Sarney em Brasília, seja no Senado ou na Câmara. O
enfraquecimento do poder dos Sarney no Estado começou a ser detectado em 2006,
quando Jackson Lago, do PDT, venceu Roseana Sarney. Ele colocava ali um fim de
40 anos de domínio dos Sarney no Estado, mas durou pouco. Em fevereiro de 2009
o TSE decidiu acatar pedido da coligação de Roseana, sobre irregularidades na
campanha de Lago, e o cassou. Roseana assumiu pela terceira vez como
governadora, e foi reeleita em 2010. Somente quatro anos depois que, definitivamente,
o grupo saiu do poder no Estado quando Lobão Filho, apoiado pelos Sarney,
perdeu para Flávio Dino. Sarney não conseguiu eleger nenhum aliado para Câmara
Federal, .Como prêmio de consolação o neto de José Sarney, Adriano, ganhou
mais um mandato como deputado estadual. Ele passa, a partir de agora, a ser a
esperança de que o sobrenome possa retomar espaço na política maranhense nos
próximos 4 anos.
Por prof. Gilvan
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