domingo, 21 de novembro de 2021

Público lota Praça da Juventude em São Pedro da Água Branca e confirma sucesso do espetáculo musical “João do Vale – O Gênio Improvável

 Produzido e idealizado por Celso Brandão, o espetáculo conta a trajetória do cantor e compositor maranhense autor de músicas como “Carcará” e “Pisa na Fulô”

Com o Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo, com o apoio do Governo do Estado do Maranhão e parceria com a Prefeitura de São Pedro da Água Branca, o maior espetáculo do Maranhão esteve em São Pedro da Água Branca, na noite deste sábado(20,)  com a turnê “Nas Trilhas do Maranhão”.  A montagem está percorrendo 10 cidades do estado levando a história de vida e obra de João Batista Vale. O espetáculo estreou em dezembro de 2017 no palco do Teatro Arthur Azevedo, desde então vem fazendo sucesso dentro e fora dos palcos tradicionais.

O público lotou a Praça da Juventude para prestigiar o Musical. A noite estava fria, e com ameaça de chuva e desestimulou algumas pessoas, mas quem saiu de casa não se arrependeu.

João do Vale – breve biografia

Nascido na cidade de Pedreiras-MA, em 1933, João Batista do Vale foi um compositor que marcou a música popular brasileira.

Desde pequeno gostava muito de música, mas logo teve de trabalhar, para ajudar a família. Aos 13 anos foi para a capital maranhense, onde participou de um grupo de bumba-meu-boi, o Linda Noite.

Dois anos depois, começou sua viagem para o Sul, sempre em boleias de caminhão: em Fortaleza-CE, foi ajudante de caminhão; em Teófilo Otoni-MG, trabalhou no garimpo; e no Rio de Janeiro-RJ, onde chegou em dezembro de 1950, empregou-se como ajudante de pedreiro numa obra no bairro de Ipanema.

Passou a frequentar programas de rádio, para conhecer os artistas e apresentar suas composições, na maioria baiões. Depois de dois meses de tentativas, teve uma música de sua autoria gravada por Zé Gonzaga, Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste. Em 1953, Marlene lançou em disco Estrela miúda, que também teve êxito; outros cantores, como Luís Vieira e Dolores Duran, gravaram então músicas de sua autoria.

Em 1964 estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a ideia do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, que foi apresentado no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Dele participou ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará, a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora. Como compositor, em 1969 fez a trilha sonora de Meu nome é Lampião.

Depois de se afastar do meio musical por quase dez anos, lançou em 1973 “Se eu tivesse o meu mundo” e, em 1975, participou da remontagem do show Opinião, no Rio de Janeiro.

Tem dezenas de músicas gravadas e algumas delas deram popularidade a muitos cantores: Peba na pimenta, gravada por Ari Toledo, e Pisa na fulô (baião de 1957, gravado por ele mesmo).

Em 1982 gravou seu segundo disco, ao lado de Chico Buarque, que, no ano anterior, havia produzido o LP João do Vale convida, com participações de Nara Leão, Tom Jobim, Gonzaguinha e Zé Ramalho, entre outros. Em 1994, Chico Buarque voltou a reverenciar o amigo, reunindo artistas para gravar o disco João Batista do Vale, prêmio Sharp de melhor disco regional.

Faleceu em São Luís MA no dia 06 de dezembro de 1996, sendo sepultado em sua cidade natal, Pedreiras.

Secretário de Cultura Joivan da Conceição ao lado da Prefeita Marília Gonçalves(PSB)

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